Entrevistas

Caso de Sucesso: Instalação de Sistemas Fotovoltaicos no Clube de Futebol “Os Belenenses”

A SOLIS – Comunidade Solar de Lisboa entrevistou o vice presidente do Clube de Futebol “Os Belenenses”. Óscar Rodrigues partilhou connosco os planos futuros para a energia solar no clube! Veja o vídeo ou leia a entrevista e não perca nada. Será este o clube mais brilhante de Lisboa? 

Entrevista Exclusiva [Parte 1]

Entrevista Exclusiva [Parte 2]

1. Que sistema de energia solar fotovoltaica existe nas instalações do Clube de Futebol “Os Belenenses”?

Temos uma Unidade de Pequena Produção (UPP) de 200kW através de um contrato com a empresa Bright Sunday: a empresa instalou num dos nossos edifícios o sistema solar fotovoltaico para venda da eletricidade solar à rede, cuja contrapartida foi a substituição da iluminação nas instalações do clube por outra mais eficiente. No fim do contrato, o sistema irá passar a ser propriedade do CFB e os proveitos da produção fotovoltaica também.

2. Quais as principais vantagens da instalação de sistemas solares fotovoltaicos para o CFB?

No caso deste nosso primeiro sistema, o contrato permitiu ao clube reduzir em mais de 60% os custos mensais em eletricidade, o que tem sido para nós muito significativo. Os custos anuais em eletricidade para iluminação no interior dos nossos edifícios tornaram-se muito mais comportáveis.

No futuro, queremos tirar partido da nossa localização privilegiada, com elevada exposição solar, e dos nossos 13 hectares para investir em mais sistemas fotovoltaicos – uma tecnologia cada vez mais barata.

3. Qual a vossa visão sobre a energia solar fotovoltaica e de que modo ela influencia as atividades do CFB?

O caminho para a sustentabilidade da cidade de Lisboa envolve alguns players interessantes, e o CFB tem vindo a posicionar-se nesse sentido: está em curso a construção de um edifício sustentável, na área de negócios do retalho (LIDL), através da concessão dos direitos de superfície numa parcela de terreno do CFB. As contrapartidas de eficiência energética e sustentabilidade que queremos para o CFB fazem parte do projeto, que já está em fase de execução, e onde está previsto ser instalado um sistema fotovoltaico para autoconsumo. E isto é só a primeira fase!
Existem mais 3 projetos em fase de discussão num modelo semelhante, em outras áreas de negócio. Todos eles terão uma componente de sustentabilidade onde o fotovoltaico tem um papel essencial.

4. Enquanto organização de referência no âmbito desportivo, como encaram os benefícios da energia solar fotovoltaica em relação ao ambiente da cidade?

Os nossos gastos em eletricidade rondavam os 15000 € por mês, e atualmente rondam 6000 a 7000 € por mês. Desde a instalação do sistema, em 2019, e da substituição da iluminação, temos sentido que o modelo de negócio nos beneficia consideravelmente. No nosso caso, tiramos o proveito do sistema fotovoltaico de forma indireta, pelo que, numa próxima fase, o modelo de autoconsumo será o mais adequado.
Por outro lado, consideramos que a produção de eletricidade de fonte renovável e simultaneamente livre de emissões contribui para uma boa qualidade do ar ambiente, essencial para as atividades desportivas e de bem-estar que promovemos. Queremos ser um exemplo!

5. O que diria a outros decisores que estão a considerar a instalação de sistemas solares fotovoltaicos nas suas organizações?

Investir na produção de eletricidade solar é algo que deve estar debaixo do radar das organizações. Nós continuamos com grande interesse em explorar outros modelos de contrato com os nossos parceiros próximos e em estreito acompanhamento da CML. Acredito que os sistemas fotovoltaicos, tanto no formato de venda à rede como no formato autoconsumo, são uma opção essencial para gestão dos custos de energia numa organização, principalmente se estiverem sediados numa cidade com tanto recurso solar como é Lisboa.

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